Ponta Verde
Ensolarada
verde musgo
ou esmeralda
verde mar
não ver-te
me dá ânsia
de voar, já
pra Maceió
romper o nó
que entrava
a garganta
e adentrar
já às tantas
em tuas águas
claras, rasas
O vento que
sopras
espicaça
minha pele
à mostra
Recobro o ânimo
e a ânima
recorda
aos pedaços
a história
de emoções
que emana
do sargaço
da areia
e do mormaço
Entrego então
meu devaneio
à vazante
e largo meu
corpo errante
à imensidão
de teus braços.
( São Paulo, 25 fev 1994 )
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